Primeira

O governador Carlos Moisés não atravessou as pontes de Florianópolis nos dois primeiros meses de seu governo. Quando rompeu a barreira e começou ir além delas, como Joinville e Tubarão, a mídia das duas cidades fez questão de destacar, em manchetes, que o comandante estava fazendo a “primeira” visita”. Fato também mencionado em cada um dos eventos em que esteve nas respectivas cidades.

Foto: Divulgação


 

Interesses corporativos

As grandes entidades que representam a classe produtiva do Estado armam-se, numa espécie de levante, quando qualquer autoridade acena com a possibilidade de aumentar impostos. Mas silencia, convenientemente, quanto ao festival bilionário de incentivos fiscais. Nem propor que se faça uma rigorosa revisão, pelo menos?

Conselheiro

O governador Carlos Moisés está se revelado um bom diplomata. Tem aprimorado esta qualidade, apesar de já causar ciúme, não apenas com seguidos contatos com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia, mas com convites para que ele esteja a seu lado na discussão e decisão de assuntos muito delicados, como é o caso de Criciúma, onde a Prefeitura quer assumir os serviços locais de água e esgoto no lugar da estatal Casan.

À frente

O deputado federal e comunicador Hélio Costa (PRB), o mais votado em SC nas eleições do ano passado, se conforma, por enquanto, de ficar no chamado “baixo clero” da Câmara dos Deputados. Mesmo assim, já pensa lá adiante. Um passarinho disse a ele que se desenha uma dupla juntando ele com o ex-deputado Gelson Merisio, que deve deixar o PSD para se filiar ao PRB, e se lançar postulante à sucessão de estadual daqui a quatro anos.

Pressa exagerada

Já se vê muita gente pensante se revoltando contra Bolsonaro, que não está botando a mão no butim como tantos outros, que se sabe quem são. Longe de fazer defesa de quem quer que seja, não seria imediatismo exagerado cobrar tanto em pouco tempo? Basta lembrar que todos nós fomos massa de manobra dos corruptos PT, PSDB, MDB, PDT e várias outras quadrilhas chamadas partidos por mais de duas décadas, levando o país à tragédia em que se encontra. Um pouco de calma e bom senso fará bem.

Vadiagem

Após 13 dias de Carnaval, a Câmara dos Deputados retoma seus trabalhos hoje com reuniões de bancadas de alguns Estados, além de possível votação, se der quórum, do projeto que tipifica o assédio moral. Justiça seja feita: o Legislativo de SC voltou às suas atividades normais na quarta-feira de Cinzas.

Telhado

Um leitor da “Folha de S. Paulo”, irritado com a compulsiva desconstrução que ela faz do governo, propôs botar fogo em sua redação e depois quando chamarem a polícia (e os bombeiros) ele, leitor, declarar que foi uma manifestação político-artística, um “happening”, uma “intervenção urbana”, coisa de artista devidamente isentado (segundo a ótica do próprio jornal) pela mais total liberdade de expressão enquanto mero protesto.

História falsa

O Plenário do Senado promoverá sessão especial, quinta-feira, para homenagear o Dia Nacional do Imigrante Italiano, comemorado em 21 de fevereiro. A justificativa é que na mesma data, em 1874, chegaram as primeiras 380 famílias de imigrantes italianos, que vieram ao país em busca de empregos e novas oportunidades. Outra sessão foi promovida dia 21 de fevereiro pela Câmara dos Deputados, com a mesma equivocada motivação. Ambas agridem a história. Se existe, de fato, um marco do início da colonização italiana no Brasil este cabe a São João Batista, em SC. Foi na localidade de Colônia Nova Itália, onde se estabeleceram, em 1836, 132 dos 186 imigrantes que aportaram no então porto do Desterro (atual Florianópolis), transportados pelo navio Correio. Deputados e senadores de SC estão tentando corrigir o atentado, oficializado por decreto do presidente Michel Temer, mas tem sido em vão até agora.

Presença feminina

Os políticos e os partidos não estão se dando conta, por enquanto, do que diz a Emenda Constitucional 97/2017, que vedou, a partir de 2020, a celebração de coligações nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais. É que com o fim das coligações, cada partido deverá, individualmente, indicar o mínimo de 30% de mulheres filiadas para concorrer no pleito.  A mudança vai impactar o fomento à participação feminina na política. Cada partido, individualmente, não vai poder ter como escudo outro ou outros para que, enquanto coligação, atingissem os 30%.

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