A tinturaria Trento Brasil, no bairro Trinta Réis, que no auge de sua produção chegou a ter 300 empregados, poderá retomar suas atividades no próximo ano, com novo dono e novo nome. A empresa encerrou suas atividades em 2015, por dificuldades financeiras.

A interessada em assumir o negócio é a tinturaria brusquense Hort, que na última semana mandou um emissário para Nova Trento para conversar com o prefeito Gian Voltolini e transmitir a intenção, que é de extremo interesse público, já que a Trento Brasil foi uma das maiores empregadoras locais.

O que ainda deixa a transação pendente é a negociação que a Hort está tentando fazer com a Justiça do Trabalho, uma vez que a Trento Brasil, ao ter sua falência decretada, deixou de pagar rescisões trabalhistas e outros encargos municipais, estaduais e federais.

Instalações, hoje abandonadas, podem ser reativadas em 2019. Foto: Divulgação

Dependendo do valor das ações trabalhistas, cujos valores não foram divulgados, a Hort poderá assumí-los, quitá-los e, se for o caso, receber como contrapartida, total ou parcial, o patrimônio da Trento Brasil,  criando assim as condições para retomada das atividades da tinturaria.

Um novo leilão deve ser marcado para as próximas semanas, envolvendo as construções no bairro Trinta Réis e a Hort afirma que só participará depois de ter as garantias quanto ao passivo do qual seus antigos empregados são credores e se houver acerto com a Justiça do Trabalho.

No contato com o representante da Hort, o prefeito Gian Voltolini se comprometeu a ajudar a empresa, se fechar o negócio, quanto à limpeza das instalações e, na parte que lhe cabe legalmente, quanto às licenças no âmbito municipal, que precisam ser renovadas.

A notícia da possível reativação da empresa, embora ainda não oficial, está sendo recebida com muita euforia, não só pelos antigos colaboradores que aguardam o pagamento de seus créditos, mas principalmente porque a empresa interessada acena com a possibilidade de recontratar parte deles dentre os 300 necessários.

Na Prefeitura já se fez cálculos: se a nova empresa pagar uma média salarial de  R$ 1,5 mensais, ela fará girar na economia local  R$ 450 mil mensais e R$ 5,4 milhões por ano, além de impostos diretos e indiretos.

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