Pesquisa desenvolvida pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbano de São Paulo e pela empresa PwC, envolvendo mais de 3 mil municípios, que acaba de ser divulgada, indicou que Nova Trento é o sexto município brasileiro e o segundo de Santa Catarina, com o melhor Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) entre os com menos de 250 mil habitantes.

Em primeiro no Estado e segundo no país em tal estrato está Angelina.Quanto mais próximo de 1, melhor é a aderência da limpeza urbana do município às premissas da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O ISLU de Nova Trento é de 0,815, com classificação A. Angelina obteve 0,886.

O objetivo do estudo foi medir a adesão dos municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos com quatro critérios:

Engajamento; sustentabilidade financeira; recuperação dos recursos coletados e impacto ambiental.  O ISLU não mede a competência na gestão do lixo, mas se o município está cumprindo os critérios estabelecidos pela Agenda 2030 em termos de impacto ambiental, atendimento, sustentabilidade financeira e reciclagem.

O ISLU 2019 foi medido com base nos dados de 3.317 municípios, distribuídos por todos os Estados e Distrito Federal. Como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, o ISLU varia entre 0 (zero – baixo desenvolvimento) e 1 (um – alto desenvolvimento), analisando os dados oficiais disponibilizados pelos próprios municípios no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

 Mesma posição em 2016

Em 2016, a revista Exame publicou um ranking nacional de municípios que melhor destinação dão a seus resíduos sólidos e Nova Trento também ficou em 6º lugar entre os municípios com população até 250 mil habitantes.

Posição privilegiada conseguida com a coleta seletiva, ações municipais relacionadas ao meio ambiente e equilíbrio ecológico, atendendo preceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010.

Desde o fechamento do antigo Aterro Municipal, no bairro Velha, no ano de 2007, Nova Trento teve que dar outra destinação aos seus resíduos sólidos e lixo orgânico, tendo que transportá-los para um aterro em Brusque, com altos custos.

O quadro começou a mudar a partir de 2017, com a mudança no sistema de cobrança da taxa do lixo, que era única para todos e desde então passou a considerar o metro quadrado de área construída dos imóveis, tanto residenciais como comerciais. Naquele ano as despesas com limpeza urbana foram de R$ 714 mil, com receita de R$ 484 mil. No ano passado já se conseguiu um equilíbrio, com receita de R$ 816 mil e despesas de R$ 797 mil. O quadro financeiro melhorou sensivelmente neste ano. Até o momento a receita é de R$ 857 mil e a despesa e R$ 675 mil, com superávit de R$ 182 mil, um fato inédito.

Taxa de coleta poderia baixar 

A taxa de coletiva de lixo poderia ser mais baixa em Nova Trento se fossem adotadas políticas de reaproveitamento, em especial do orgânico. De cada 10 toneladas levadas ao aterro de Brusque, estima-se que seis sejam de lixo orgânico que poderia ser separado nas próprias residências e transformado em adubo, através de composteiras, individuais ou coletivas.

Não há, por enquanto, na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, ao qual o assunto está afeto, nenhuma iniciativa neste sentido. Com certeza, se o lixo orgânico fosse reciclado como deveria ser, Nova Trento seguramente logo ganharia o primeiro lugar nos próximos rankings de municípios que melhor recolhem e destinam seu lixo.

Angelina, em 1º, faz compostagem

 Angelina tem 5.250 habitantes e uma política exemplar voltada ao lixo, com a melhor gestão municipal do país. Seus moradores foram instruídos em audiências públicas, junto com os estudantes nas escolas, para que todo lixo fosse devidamente separado em suas casas e levado até lixeiras coletivas, em diversos pontos pré-determinados.  Dali tudo é recolhido e levado a uma central de triagem, que incentiva visitas.

A Prefeitura gasta R$ 41 mil para o transporte do lixo rejeito (cerca de 100 toneladas mensais) para um aterro. Mas era quase o dobro. R$ 41 mil é o custo de seus meses de sua merenda escolar. O lixo orgânico vai para uma composteira municipal e se transforme em adubo para hortas dos moradores e para abastecer completamente em verduras o hospital local, que tem 50 leitos. O que sobra vai para a cozinha da Prefeitura.

 

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