Local tem beleza natural exuberante e encantes fiés e visitantes. Foto: Divulgação

Na série de meus artigos sobre as igrejas, capelas, oratórios e santuários das comunidades na Paróquia São Virgílio, chega a vez do Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro, tão estimado pelo povo católico de Nova Trento e por muitos dos municípios vizinhos.

É bem conhecida a história desse Santuário, porque sempre se fala dele, lá se celebra a missa todos os domingos, promove-se a festa anual no primeiro domingo de maio e realizam-se outros eventos, tanto religiosos no Santuário, como sociais nos pavilhões e restaurante; isso, sem falar de promoções esportivas.

Talvez o primeiro “lance inspirado” que deu origem ao belo complexo que hoje temos no Morro da Cruz, tenha sido aquela sugestão do Pe. Cybeo: “Lassù!” Cybeo foi o primeiro jesuíta que andou por Nova Trento, vindo pregar aos recém-vindos imigrantes duas missões populares, a primeira em 1876 e dois anos depois, em 1878, uma segunda.

Mais dois anos depois, isto é em 1880, Pe. Cybeo veio definitivamente a Nova Trento, como membro da comunidade jesuítica, inaugurada em 1879 pelo Pe. Servanzi e o Irmão Purgatório. Como foi o “lance inspirado e profético” de que falamos?

Conta-se que, certo dia, o Pe. Cybeo, olhando para o que então tinha o nome geral de Morro da Onça, teria dito: “Lassù! Lá em cima! Lá ficaria bem uma capelinha de Nossa Senhora!”

O Pe Servanzi, superior, logo apoiou a sugestão do Pe. Cybeo. Começaram a planejar. Quem concretizou o sonho do Pe. Cybeo foi o Pe. Alfredo Russel, um jesuíta francês que veio a Nova Trento em 1899, e ficou até 1903, falecendo pouco depois em São Paulo. Sempre foi de frágil saúde corporal, mas de grande vitalidade e ânimo espiritual.

    Estátua veio da França e foi levada ao topo do morro por imigrantes. Foto: Carlos Pedrotti.

Foi o Pe. Russel que iniciou todo o movimento de construções do que hoje temos no Morro da Cruz, inclusive fazendo vir da França a grande imagem de Nossa Senhora do Bom Socorro, que conseguiu como precioso brinde de seus nobres parentes de Paris.

Dignos e entusiastas continuadores dos pioneiros foram o incansável o Pe. Cláudio Piva e seus colaboradores leigos. Fato especialmente importante foi a elevação do Santuário a Santuário Arquidiocesano pelo bispo Dom Afonso Niehues em 1988.

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